Nota: viagem realizada em agosto de 2014
Dia 5 – Musée du Louvre, Musée d'Orsai, Arc de Triomphe
Hoje é dia de ir ao museu do Louvre. Como já temos o passe museu, a
entrada é mais rápida mas claro que temos sempre uma filazinha para não
estranharmos. Toda a gente sabe que o Louvre é enorme. Mesmo quem nunca cá veio
sabe que isto é museu para se ver em vários dias. Nós temos uma manhã! Como o
museu é tão grande os visitantes acabam por se dispersar pelas diversas salas.
À entrada dão-nos um folheto com um mapa das obras mais famosas. E como temos
pouco tempo vamos guiar-nos por aí. Passamos pela Grécia onde vimos a escultura
dos filhos de Lacconte e o Discobolo de Miron. Depois fomos sempre em passo
acelerado ver outras obras tais como a Vitoria de Samutracia, a Venus de Milo,
o código de Hammurabi, entre outras.
Numa das salas mais visitadas do museu encontramos La Gioconda, a Mona
Lisa de Leonardo Da Vinci. Os visitantes amontoam-se num episódio de
sobrevivência para conseguirem chegar perto do ex-libris do Louvre. E vendo bem
as coisas, as pessoas até têm razão, pois o quadro é uma peça minúscula com 77
cm × 53 cm. Quando comparado com a dimensão da sala onde está exposto é apenas
uma miragem. E depois há sempre quem tenha falta de vista! Mas nós lá nos vamos
enfiando na confusão. A Marisa e a Lucy vão à frente. Eu como estou com o
carrinho com a Nikky fico para trás. Ela adormeceu entretanto. Finalmente
consigo chegar perto do quadro para ver ao vivo aquilo que todos estamos fartos
de ver, uma senhora meio macabra com um sorriso muito estranho. A Nikky dorme
enquanto passamos ao lado do quadro mais famoso do mundo! Talvez seja melhor
assim, não vá ela assustar-se.
O mais estranho na sala da Mona Lisa é que as pessoas estão tão excitadas
para ver este pequeno quadro que muitas nem se chegam a aperceber da
grandiosidade que está exposta na parede oposta. Trata-se da obra de Paolo
Veronese, Les Noces de Cana, uma estrondosa pintura de 6.77 m x 9.9 m (metros!)
que cobre toda a parede do chão até ao teto. No quadro estão retratadas mais de
100 figuras com um detalhe tremendo que só percebemos quando nos aproximamos do
quadro. Não fosse a senhora do outro lado da sala e este seria certamente a
atração principal. Continuamos o passeio até perto da hora do almoço terminando como não
poderia deixar de ser na loja do museu. Mais umas compras para o baú.
Depois do Louvre fomos para o Museu d'Orsai, outro dos espaços
artísticos mais importantes da cidade. O museu fica na margem esquerda do rio
Sena num edifício que foi outrora uma estação de caminhos de ferro. À entrada
do museu há muita animação. Um comediante de rua faz uns apanhados para o
público sentado nas escadas do museu. No hall
principal do museu está um grande relógio extremamente bem conservado dos
tempos em que os comboios chegavam a horas. Todo o espaço do museu é
extremamente agradável e com muita luz natural, pois o teto é todo envidraçado.
Algumas salas são mais escuras para se conseguir apreciar as peças. Uma das
curiosidades do museu é o facto de ter uma área com réplicas de peças de arte
para as crianças poderem mexer. A Nikky ficou encantada! Certamente que para
ela esta foi a melhor parte de todos os museus.
Saímos de Orsai e atravessamos o Sena para subir a Av. des Champs Élizées
(Campos Elisios). A Lucy foi tirando fotografias às montras da alta costura
para mostrar num curso de vitrinismo que ela anda a dar. Este é garantidamente
um dos melhores campos de pesquisa do mundo para o efeito. Vamos ver se não vem
nenhum segurança a correr atrás de nós! As lojas são todas à porta fechada e
muito exclusivas.
No topo da avenida, no centro da praça Charles de Gaulle, está o Arc de
Triomphe outro dos ícones emblemáticos da cidade. Para subir os 50m até ao
topo, normalmente vai-se de escadas, mas como estamos com o carrinho de bebé
deixam-nos subir de elevador. Chegados ao exterior avistamos todos os campos
elísios, bem como uma grande parte do centro de Paris. Tiram-se fotografias de
todos os ângulos e em todas as posições. A essência do monumento porém não está
na vista para a cidade, mas sim nas inscrições nas suas paredes. O Arc de
Triomphe é uma homenagem a todos aqueles que lutaram e morreram pela França na
revolução francesa e nas guerras napoleónicas. Os nomes de todos os generais
vitoriosos estão inscritos nas paredes interiores e exteriores do arco. Por
baixo está o tumulo do soldado desconhecido da I grande guerra mundial. E é com
esta homenagem, a todos aqueles que lutaram pela liberdade dos povos, que terminamos
o dia.
Ligações para a viagem a Paris:
- Dia 1 - Sacre Couer, Montmartre, Moulin Rouge
- Dia 2 - Place de La Concorde, La Fayete, Tour Eifell
- Dia 3 - Saint Chappel, Notre Dame, Sorbonne, Centre Georges Pompidou
- Dia 4 – Versalhes, Villa Savoye
- Dia 5 – Musée du Louvre, Musée d'Orsai, Arc de Triomphe
- Dia 6 - Auvers-sur-Oise