Nota: viagem realizada em agosto de 2014
Dia 3 - Saint Chappel, Notre Dame, Sorbonne, Centre Georges Pompidou
Este é um agosto particularmente chuvoso em Paris, apesar de a
temperatura estar agradável. A visita à
Saint Chappel fica marcada por uma imensa chuvada que apanhamos enquanto aguardamos
na longa fila. O interior da capela é marcado por uns enormes vitrais que
vistos do exterior passam completamente despercebidos. Quais exemplares
magníficos de arte sacra, erguem-se de forma majestosa por toda a altura do
edifício, transformando os raios de luz exterior em agradáveis floreados de
cores. A capela é pequena e visita-se rápido depois de ultrapassada a fila.
Para além dos vitrais tem também alguns frescos de interesse.
Depois da capela, passamos pela Concergerie, antiga prisão
revolucionária e ilustre "alojamento" de Maria Antonieta durante os
seus tempos no cárcere. A visita começa num salão amplo marcado por várias
colunas e abobadilhas que ligam ao em tempos refeitório dos guardas do lado esquerdo.
Para se visitar as celas passamos pela loja e deparamo-nos logo com o espaço
mais concorrido pelos visitantes: a cela da Maria Antonieta que permanece
totalmente mobiliada e decorada à época. A visita segue por outras salas menos relevantes
onde ficamos a conhecer um pouco da história da sua prisão e também como ela em
tempos conseguiu fugir.
Dai seguimos para a ilha de Paris e depois para o seu monumento mais
famoso, a catedral de Notre Dame. Ás portas da igreja as pessoas amontoam-se em
filas para entrar ordeiramente. Enquanto esperamos sempre vamos vendo as belas
fachadas trabalhadas em estilo gótico. Aproveitamos e damos o almoço à Nikky
que já resmunga com fome. Finalmente lá entramos na catedral para ver o tão famoso
marco arquitectónico. As pessoas vão circulando calmamente e desfrutando de
cada recanto que a igreja tem para oferecer.
Depois de vermos o interior,
queremos subir até às torres para fazermos a visita completa. Acontece que para
subir temos de ir para uma outra fila e aí temos de comprar um bilhete. Lá
vamos nós para a fila e agora somos nós que já estamos a berrar com fome. A
Nikky lá está bem instalada no seu carrinho. Eu fico na fila com ela, enquanto
as manas vão comprar alguma coisa para comermos. O tempo entretanto começa a
mudar e avizinha-se mais uma grande chuvada. A Lucy aproveitou e comprou um poncho
parolo numa das lojas de souvenirs ali perto. É de cor roza com uma torre Eiffel
nas costas e faz as delícias de qualquer turista chinês. Desaba a chover sem dó
nem piedade e nem o facto de estarmos ali mesmo juntinho à “nossa senhora” nos
safa. Cada um abriga-se como pode, mas não podemos sair da fila. Vestimos os
impermeáveis e a Lucy veste o poncho!
Entretanto, surge um funcionário da catedral
que manda todas as famílias que estão com crianças na fila passarem à frente.
Em dois tempos estamos à entrada da escadaria que nos vai levar até ao topo.
Desmontamos o carrinho da Nikky que fica à porta. Ela agora vai em braços até
lá acima. Subimos as escadas lentamente em manada até chegarmos ao exterior.
Dai avistamos uma boa parte da cidade, mas a atração principal não são as
vistas mas sim as famosas gárgulas. A visita é lenta porque as pessoas querem
tirar fotos com todas elas e como os patamares são estreitos, não se consegue
passar à frente. Ele há gárgulas para todos os gostos, um regalo portanto! E
entretanto a chuva parou.
Da catedral seguimos para o Quartier Latin, o famoso bairro estudantil
de Paris onde outrora predominava o latim, pois era a língua académica durante
a idade média. É aí que se situa a Sorbonne, a prestigiada instituição de
ensino de humanidades. O Panthéon é outra das atrações do bairro. Por ali
passeamos durante algum tempo, parando nesta e naquela loja.
A última paragem do dia é no centro Pompidou que alberga o museu
nacional de arte moderna, que é o maior
museu de arte moderna da Europa. O edifício só por si é emblemático e por isso
não espanta a quantidade de gente nova sentada no chão no exterior no edifício.
Digo gente nova, porque este museu tem um público muito particular e
alternativo.
A construção tubular desperta a curiosidade dos visitantes e ainda
para mais se tivermos em conta que se trata de um edifício construído nos anos
70. Lá dentro tem vários pisos com varias exposições permanentes e outras temporárias.
Os estilos são vários entre eles o cubismo e o surrealismo do mestre Dali.
Também tem algumas instalações interessantes. Passamos ali algumas horas a
desfrutar de arte que não podemos ver todos os dias e terminamos o dia mais
ricos do que quando começamos.
Ligações para a viagem a Paris:
- Dia 1 - Sacre Couer, Montmartre, Moulin Rouge
- Dia 2 - Place de La Concorde, La Fayete, Tour Eifell
- Dia 3 - Saint Chappel, Notre Dame, Sorbonne, Centre Georges Pompidou
- Dia 4 – Versalhes, Villa Savoye
- Dia 5 – Musée du Louvre, Musée d'Orsai, Arc de Triomphe
- Dia 6 - Auvers-sur-Oise