Paris, Dia 2 - Place de La Concorde, La Fayete, Tour Eifell

Nota: viagem realizada em agosto de 2014

Dia 2 - Place de La Concorde, La Fayete, Tour Eifell

Saímos já perto da hora do almoço para o museu do Louvre. A ideia é começarmos o dia no museu e provavelmente acabarmos mesmo por aí. O metro leva-nos logo para o Carrossel do Louvre, um shopping subterrâneo que serve de porta de entrada no museu. As filas de gente são a perder de vista, uma para comprarem a entrada diária no museu e outra para adquirirem o passe-museu que serve para entrar em vários museus e outras atrações durante um determinado período de tempo. Já levamos a lição estudada e as contas feitas. Para nós é mais compensador comprar o passe, mas não queremos perder horas na fila. Sabemos que o passe é vendido em vários pontos da cidade e enquanto perguntamos ao staff do museu, um turista aproxima-se de nós e explica-nos que podemos comprar no posto de turismo no exterior e ir com o passe diretamente à porta de entrada do museu. Saímos assim para o exterior para encontrar o posto de turismo. Seguimos pela rua de Rivoli até á praça onde está a estátua de Joana D'Arc. Dai subimos até ao posto de turismo onde compramos os passes-museu. Como já estamos a meio da tarde e os passes que compramos são de 4 dias, decidimos começar com o passeio só no dia seguinte para aproveitarmos todo o dia.

Passeamos pelo Jardim des Tuileries até à Place de La Concorde e voltamos à entrada do Louvre, de onde subimos a Av. de l'Opéra até à casa da ópera. Seguimos para as galerias La Fayete, a Meca das compras de Paris. Composta por 2 edifícios de 5 andares aqui encontram-se todas as marcas da alta costura para além de fragrâncias de luxo e joalharia requintada. É preciso ter alguma coragem para vir aqui com três mulheres, ou melhor, duas e meia! Existe toda uma panóplia de produtos espalhados pelos vários pisos da galeria, mas as zonas que concentram mais gente são precisamente os espaços mais exclusivos. Vê-se filas de asiáticos e árabes que esperam a sua vez para entrarem nos espaços de venda da Channel, Louis Vitton, entre outras do mesmo padrão. Nunca assisti a nada deste tipo, nem mesmo em outras capitais de renome do mundo, como Londres ou Nova Iorque nas suas lojas mais exclusivas. Aqui parece que as pessoas vêm propositadamente para comprar e gastar muito dinheiro. No topo da galeria existem ainda um restaurante chinês e um restaurante japonês. Porque será a escolha temática da gastronomia!?

Saímos com as malas conforme entramos e seguimos até à igreja da Madeleine, construída em estilo neoclássico semelhante aos templos gregos. A igreja foi consagrada em 1845 após quase um século de alterações arquitectónicas e atrasos de construção. Voltamos pela Rue Royale à Place de La Concorde e subimos os Champs-Élysées até à ponte Alexandre III onde tiramos algumas fotografias da Torre Eifell. No lado oposto do rio Sena passamos pelo Grand Palace, a galeria nacional e o Petit Palace, o museu de belas artes. 

Terminamos o passeio na  Tour Eifell que não está incluída no passe museu. É portanto um monumento especial, pago à parte! As filas para visitar a torre desencorajam qualquer turista, mas quando a vontade de subir ao ponto mais alto de Paris é muita, há que ter paciência. Eu não tenho nem uma coisa nem outra, isto é, nem paciência, nem muita vontade de subir. Para mim é mais uma daquelas parolices para turistas. Contento-me em contemplar o engenho industrial e o contexto onde está inserido. Mas enfim, como há quem tenha muita vontade de registar este marco na visita, lá tivemos de subir. Afinal de contas "de parolo e de loco todos temos um pouco".

A espera é longa.... muito longa... de facto, longa de mais. Na fila estão pessoas de todas as nacionalidades e atrás de nós dois Brasileiros, uma senhora de idade acompanhada de um rapaz mais jovem com quem travamos alguns minutos de conversa. Acabaram de chegar do Rio de Janeiro, foram ao hotel deixar as malas e vieram diretos para a Torre, tal a vontade de visitar esta geringonça, que contrasta com a minha. Como inevitável, um dos temas de conversa é a recente Copa do Mundo. Contam-nos que ao contrário do que possa parecer, correu tudo muito bem e que os verdadeiros problemas ainda estão para vir com a despesa das infraestruturas criadas. Onde é que já vim uma história parecida com esta?

Finalmente, depois de uma série de horas de espera, entramos no elevador que nos leva pela torre Oeste num instante até ao 2º andar. Dai podemos desfrutar das vistas panorâmicas sobre Paris. É possível chegar ao 2º andar a pé, mas daqui para cima, o topo da torre só de elevador. É necessário apanhar outro elevador mais pequeno no centro da torre e á que controlar o número de pessoas lá em cima, uma vês que é uma área mais pequena. O tempo de espera para lá chegarmos é de cerca de 45 minutos. 

Chegados ao topo, enquanto circulamos pelo aglomerado de gente que procura o melhor spot para fotografar a cidade, cruzamo-nos com casais que se ajeitam nas poses mais românticas para mais tarde recordar. A torre tem um serviço de champanhe para quem desejar fazer brindes nas mais variadas ocasiões. Cada copo custa 16€ mas ainda assim vê-se muita gente a brindar pela torre. Tiramos as nossas fotografias, desfrutamos da vista e da experiência e começamos a viagem descendente. Mais filas... No 2º andar eu decido vir pelas escadas. Já agora desfruto da experiência completa. Paro no 1º andar que está em remodelação, onde estão a construir várias lojas. Tem também umas passagens em vidro onde podemos ver o chão lá em baixo, debaixo dos nossos pés, não fossem os vidros estarem num estado lastimável de sujidade. Parece que o serviço de limpeza não passa por aqui. Do 1º andar até ao solo foi um pulo, descendo pela torre Este onde se pode ver o interior profundo que sustenta os 324 metros de altura e as 10 000 toneladas de ferro da torre Eiffel. A demarcar o panorama da cidade desde 1889 é de facto uma obra de engenharia notável que vai permanecendo por gerações.

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