Dia 12 de Agosto
Chegamos a Cape Town por volta das 10:30.
Fomos levantar o carro à Hertz. Então não é que vimos nós para África e nos
entregam um Citroen C1!!?? Francesices! É branco, a cor mais comum por
aqui, motor 1000cc e tem uma bagageira
que mal cabe uma mala. Mas enfim... Deste que nos leve a palmilhar todos os
quilómetros que temos planeados, tudo bem.
Saímos do aeroporto e apontamos o GPS para a
costa, para irmos ver o oceano índico. Logo à saída entramos num township de
Philippi cheio de lixo na estrada, barracas de zinco a vender tudo e mecânicos
a trabalharem à beira da estrada. A Marisa começou a assustar-se. Disse-me que
no tempo todo em que viveu na África do Sul, nunca tinha passado por um sitio
assim. Mudam-se os tempo... Logo à entrada desta zona vimos carros da polícia
que nos fizeram lembrar o tempo do Apartheid: blindados enormes que mais
pareciam de uma brigada antimotim.
Fomos ter a Strandfontein á praia onde estavam
algumas pessoas a pescar e outros a surfar. Daqui seguimos a estrada costeira
por Kalk bay até Boulders onde paramos para vermos a nossa primeira atração.
Nem sequer tínhamos planeado, mas vimos sinais de perigo na estrada a avisar
para termos cuidado com os pinguins e depois vimos indicações para um santuário
de pinguins. Assim sendo fomos investigar. Muito interessante como os pinguins
vivem ali perto das casas das pessoas. Certamente que volta e maia visitam a
cidade. Andamos por um passadiço de madeira onde víamos os pequenos à mão de
semear, mas as indicações eram claras de que não lhes podíamos tocar ou
alimentar. Finalmente chegamos à praia onde estavam todos refastelados a
descansar. Vejam as fotos que vale a pena.
Dos pinguins seguimos para o Cape Point. Uma
viagem lindíssima que nos leva das praias do índico ao topo da montanha de onde
se acede a Cape Point. Pelo caminho fomos encontrando Babuínos na estrada e
outros animais. Tivemos inclusivamente num engarrafamento porque dois artistas
(Babuínos) estavam a catar-se no meio da estrada. Mais sobre os Babuínos à
frente...
Visitamos também um dos padrões erguidos pelos
Portugueses naquele local: o padrão erguido por Bartolomeu Dias.
Chegados a Cape Point, subimos até ao Farol
para avistarmos literalmente a ponta de África. Ai fomos recebidos com uma
tremenda ventania que quase nos impedia de falar. Mas no final vale a pena o
cenário. Ao descer podemos ir a vários miradouros para tirarmos as fotos da
praxe. Existem também vários percursos pedestres que nos levam à volta do cabo,
mas não conseguimos fazer tudo por falta de tempo. Saímos de Cape Point e fomos até Cape of Good Hope. Neste cabo chegamos
praticamente a cima do mar e já não subimos a pé por falta de tempo. Mas aqui
assistimos a um dos espetáculos mais interessantes do dia. Um Babuíno vagueava por
ali a tentar encontrar comida. Saltava para os carros para tentar abrir as
portas até que conseguiu apanhar um carro de turistas Japoneses aberto e ai foi
um “festim”. Assim que abriram a porta e se distraíram, ele entrou logo e
passou por uma criança que ainda estava dentro do carro. Não lhe fez mal, mas a
pobre criança deve ter apanhado o susto da vida dela. Vejam o vídeo aqui e deliciem-se. Depois deste espetáculo inesperado, que só podia ocorrer em
terras Africanas, fomos andando em direção ao nosso hotel em Hout Bay. Á saída
do Cape of Good Hope ainda paramos para fotografar uma família de Babuínos que
andava a passear pelas pedras à beira mar.
E foi assim em Cape Point.Etiquetas: Africa, Africa do sul, South Africa, viagens