Dia 21
e 22 de Agosto
Durban: o Algarve dos Sul Africanos.
Pela primeira vez desde que cheguei a África,
que estou só de T-shirt e apesar de o céu estar encoberto, não tenho frio
nenhum. Aliás, desde que cheguei a Durban, tenho andado sempre assim.
Levantamos cedo para ir visitar as praias e
cidade. A linha costeira nesta zona é a Dolphin Coast. No verão vê-se muitos
golfinhos ao longo de toda esta costa. É como no Algarve, só que lá os
golfinhos juntam-se todos no Zoomarine.
Achei Durban uma cidade fantástica. Bom tempo,
uma marginal de perder a vista com muitas praias à escolha, divididas por pontões
e com surfistas por todo o lado. Muitos espaços verdes, tudo bem cuidado,
hotéis para todos os gostos e uma pluralidade de gentes muito interessante. Por
exemplo, esta é a cidade Africana onde existem mais Indianos por m2.
Antes de irmos à cidade, passamos pelas praias
de Umdloti e Umhlanga rocks a norte de Durban. Logo à saída de casa encontramos
“macacada”. Aqui os macacos são como os gatos em algumas terras em Portugal, só
que estes seres são mais habilidosos. Sobem para as varandas das casas e chegam
mesmo a entrar para casa das pessoas. E apesar de terem umas feições afáveis,
os “fulanos” são malinos. Estão
espalhados pelo condomínio vários avisos para as pessoas não alimentaram os
macacos, para que eles não se habituem a comer das pessoas e a perderem o medo
que ainda têm dos humanos. São perigosos e podem magoar as crianças. Mesmo
assim, são uma verdadeira praga para os habitantes. Aqui em casa, o Dário tem
um pequeno taco de basebol para quando algum macaco vêm cá “jogar“ a casa. E
pelo que parece eles volta e meia tentam, mas depois desistem. Parece que o
basebol não é o desporto deles.
Quando chegamos à praia, lá andavam os macacos
pela rua, em cima dos baldes do lixo e a subir às varandas. Fomos molhar os pés
na água, e não é que a água estava morna! É a maravilha do Oceano Índico.
Depois de descermos junto à costa e de
passarmos em várias praias, fomos para a cidade.
Primeiro atravessamos a marginal toda de
carro. A Marisa foi recordando os locais por onde passávamos dos tempos em que
vinha de férias para Durban. Passamos pelo porto, onde existia a azáfama típica
de um dia normal de trabalho. O porto de Durban é enorme e têm muito movimento.
Passamos uns armazéns gigantes de açúcar, de onde provavelmente exportam açúcar
para toda a África e arredores.
Fomos até Brighton beach, uma das praias de
South beach que a Marisa costumava frequentar. Ai fomos encontrar a mesma
piscina natural onde ela costumava brincar. Passeamos pela praia onde estava
muita gente à pesca e algumas pessoas a surfar.
Voltamos então à cidade. Estacionamos o carro
e fomos andar a pé. Fomos ao North pier e passeamos pela North beach, onde
estava muita gente a surfar. Na extremidade do pontão estávamos mesmo em cima
dos surfistas. O pontão deve entrar uns 200m pelo mar. Eu cá para mim, muitos
dos surfistas nem perdem tempo a passar para offside. Simplesmente mandam-se do
pontão abaixo e já está. Mas isso sou eu a dizer. Hoje não vi ninguém a fazer
isso :)
Depois fomos ao hotel Southern Sun, uma recomendação
do Dário. Conforme as suas indicações, entramos no hotel descontraídos,
seguimos para o elevador e fomos diretos para o último piso (andar 32): à
piscina exterior. Dali temos uma vista fantástica da cidade. Conseguimos ver tudo
à volta do hotel. Sem dúvida que deve ser um dos melhores miradouros de Durban.
Saímos do hotel e fomos visitar as
barraquinhas de artesanato que se vão multiplicando pela marginal junto à
praia. Vê-se muito artesanato, mas parece que as missangas são os produtos mais
típicos. Lá fomos regateando aqui e ali e compramos umas recordações de
missangas para trazer. Com o passar do tempo, a fome começou a apertar. Uma vez
em Durban, tínhamos de comer um carilada à boa moda Indiana. Procurámos algum
restaurante de jeito na marginal, mas não vimos nada de especial. Havia pouco
movimento, pois estamos no inverno. Recorremos ao GPS e deu-nos o endereço do
House of Curries on Flórida, que fica situado numa rua que o Dário nos
recomendou, com muitos bares e restaurantes. Assim fomos dar ao restaurante e
toda aquela zona tem realmente bom aspeto, com muita diversidade de
estabelecimentos. Eu pedi um caril de frango normal e a Marisa pediu um wrap de
caril de vaca. O serviço foi rápido e a comida tinha óptimo aspeto. Comemos a
nossa carilada que estava bem “spicy”. Tão “spicy” que a dada altura já a boca
estalava e não havia água que remediasse. Mas um bom caril é um bom caril e ou
a pessoa se aguenta à bronca ou então não come caril. Ficamos muito satisfeitos
e recomendamos este restaurante para quem gosta de caril. Mais tarde em
conversa com o Dário, ficamos a saber que o dono do restaurante é amigo dele.
Coincidência engraçada que o GPS nos preparou!
Aproveitamos a barrigada do caril e fomos
caminhar um pouco pelos arredores. Fomos às “factory stores” de surf que são as
nossas “retail stores”, onde se vendem artigos a melhores preços. Ainda assim,
nada bate as lojas que vimos em Jeffreys Bay.
Já ao final do dia fomos até ao Gateway Shopping Center que é uma cidade às portas de Durban. Sim, aquilo é tão grande
que parece mesmo uma cidade. Nessa mesma zona tem vários hotéis, standes de
automóveis, restaurantes enfim uma série de coisas. É impressionante como se
constrói uma coisa tão grande e depois ainda se arranja maneira que encher
aquilo com lojas de tudo e mais alguma coisa. Vi lojas aqui que nunca tinha
visto na Europa! Numa parte do shopping concentram-se todas as lojas de
desportos radicais, montanhismo, deporto etc. No meio dessa zona tem uma parede
de escalada enorme e numa zona exterior têm aquilo a que chamam “Wave área”
onde estão várias piscinas para o pessoal apanhar ondas com pranchas,
escorregas aquáticos! Até têm um ecrã gigante para eventos. É um mini aquashow
dento do shopping. O nosso “grande” Colombo, deve ocupar apenas um cantinho
muito pequenino deste Gateway. Depois de passarmos cerca de duas horas aqui,
devemos ter visto 1/4 do shopping, mas o cansaço já era muito e voltamos para
casa para descansar.
No dia seguinte continuamos a nossa viagem
para norte, em direção ao lago St. Lúcia. Tivemos de voltar ao Gateway para
trocar dinheiro e lá acabamos por fazer umas compras. Fizemo-nos então à
estrada em direção à cidade de Ballito, uma recomendação da Lisa. Passamos por
lá e fomos dar uma espreitadela à praia, onde estavam algumas pessoas a fazer
praia.
Depois de Ballito, foi sempre a andar (+/- 210
km) até ao nosso hotel em St. Lúcia, um eco lodge, onde para chegar temos de
percorrer os últimos Km’s numa estrada de terra. Aqui vamos dormir numas “huts”
africanas (que são tipo cabanas com tetos de palha) com redes mosquiteiras na
cama. Um ambiente envolvente fantástico bem dentro da savana Africana.
Entramos no Zulu Kingdom e estamos agora junto
à Elephant coast.
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